24 de outubro de 2006

“Insucesso escolar deve ser combatido por todos…” (Margarida Moreira, Directora Regional de Educação do Norte). (Jornal de Notícias, 15 de Outubro)

Insucesso… Palavra que cada vez mais nos tem vindo a oprimir, sentindo cá dentro uma força estranha e incontrolável que queremos gritar e partilhar com todos vós.

Combater o insucesso? O que é isso? Como se faz? Com que meios e sobretudo quem o deve fazer?
- Os professores. (Será a resposta mais citada).
- Não e não e não.
- Respondem estes, em gritos de desesperos, cimentados com muitos anos de angústia, numa impotência plural, que parece arredar todos os outros que têm (eles, também) o DEVER DE CONSTRUIR essa cultura da educação, baseada, sobretudo, no respeito pelos valores tradicionais e em que a DISCIPLINA NA SALA DE AULA faz falta.

Perdeu-se o chamado e ortodoxo RESPEITO pela figura do PROFESSOR. E agora? Pedem-nos que formemos cidadãos. Como? Com quem? E onde?

Como? – Com a ajuda de toda a sociedade interveniente.
Com quem? – Com professores, alunos, pais e restantes instituições.
Onde? – Não só na escola. Nasce-se e cresce-se EM CASA. E é precisamente no lar que o cidadão desenvolve as suas ligações afectivas, que define os seus valores, transportando para a escola a herança que lhe deixaram em mãos…

Terão os alunos das nossas escolas aprendido o que é estar e conviver na Escola e na sala de aula? Fica a questão… dê a sua opinião.


Graça Silva
(Coordenadora da Biblioteca)

Mudar, mas para melhor… Entre as preocupações com o futuro, os sonhos, objectivos, pais preocupados, professores empenhados, estamos nós, alunos… com uma vida pela frente, uma carreira e para a sua devida construção e instrução frequentamos a escola. Existem vários cursos e dependendo dos nossos objectivos podemos escolher o que mais se adequa a nós. A partir do ensino secundário começamos a enquadrarmo-nos no que realmente o futuro nos exige, tudo complica no ensino, o grau de exigência é muito maior devido ao facto de muitos terem em vista a universidade, e consequentemente as aulas exigem-nos mais empenho e dedicação… Sou uma aluna do décimo primeiro ano, pretendo continuar os estudos na universidade, mas antes disso tenho que enfrentar uma série de exames a nível nacional que cada vez dificultam mais o nosso sucesso escolar devido ao seu grau de dificuldade. Estudo na Escola Cooperativa de Vale (S. Cosme), considero-a a minha segunda casa visto ser um espaço onde passo grande parte do dia. Como qualquer jovem com sentido crítico reparo em diversos aspectos da escola. É dentro da sala de aula que passamos a maior parte do tempo e é por aí que principiamos as nossas observações. Vou começar pelas primeiras salas da escola, as de madeira; não se justifica que nesses pequenos e antigos compartimentos coloquem crianças principalmente do segundo ciclo para terem aulas. Geralmente uma turma dessas tem cerca de trinta alunos, as salas são pequenas e o material que as constitui já não se encontra em bom estado para lhes favorecer um bem-estar durante a aula; os corredores que as acedem são muito pequenos e pouco abrigados, o que significa que em dias de chuva o acesso dos alunos é dificultado e gera confusão entre estes. A informação que a direcção da escola revela, há já bastantes anos, é a destruição dessas salas para construção de um novo bloco mais seguro, amplo, com as condições necessárias para o bom decorrer das aulas, mas quando será que esta obra começa? É visível o estado de degradação dessas mesmas salas, nota-se perfeitamente a necessidade da construção de novas! Seria uma boa ideia conservar estas salas como património da escola, afinal foi a partir delas que esta grande cooperativa cresceu, mas poderiam transferir os alunos dessas salas para outras novas e lá criarem centros de estudo. O que eu quero dizer com isto é que, em vez das inúmeras aulas de apoio, os CPEC’s e as tutorias ocuparem a biblioteca e outras salas maiores, poderiam ser realizadas nestas salas, visto o número de alunos ser consideravelmente menor e assim os alunos presenciarem as aulas estando mais atentos porque têm uma sala isolada podendo assim usufruir de mais silêncio e espaço. Com isto também diminuíam a quantidade de alunos em aula na biblioteca, o que atenuaria a confusão que lá existe muitas vezes, por falta de espaço e excesso de alunos. Estas são as minhas primeiras reflexões sobre a escola aonde cresci física e intelectualmente.


Para a semana há mais junta-te a mim.


Concorda ou discorda, mas opina…


Fátima Azevedo – 11.2

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